A gente sai às ruas, aos milhões, pinta a cara, ergue cartaz.
A gente protesta, vira crítico do dia pra noite, politizado.
A gente acha que tá tudo errado lá fora, que até dá uma
espiadinha pra dentro de si.
A gente vira tolerante, execra preconceitos, reivindica
direitos.
A gente faz passeata, mostra nossa força, nosso poder de união.
A gente acorda, a gente cobra, a gente faz revolução.
E depois de tudo, a gente volta pra vidinha...
– O gigante acordou... – bocejo.
– O gigante... acordou... – outro bocejo, já com olhos
semicerrados.
– O gigante... – tornou a dormir.
Mude a si mesmo. O resto, é transitório.
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