Eu caminhava e então perdi o chão, eu navegava sem
ter direção, eu não sabia pra onde ia...
Inseguro está aquele que não sabe exatamente onde
pisa, quem é, pra onde vai, de onde veio. Todos nós.
Inseguro está quem não sabe ao certo o dia de
amanhã, quem olha o passado com arrependimentos, quem está no hoje com a cabeça
no ontem ou no amanhã. Todos nós.
Insegura a calmaria que prenuncia a tempestade.
Tudo é um ciclo, e pressentimos isto.
Inseguras as grades que não trazem proteção,
aprisionam. O homem se protege dos outros se tornando prisioneiro de si mesmo.
Insegura a mais alta masmorra quando o medo ganha
asas.
Inseguro o mais profundo porão na má companhia da
solidão.
O conforto do lar oprime corações aventureiros,
poda voos mais altos.
Máscaras de alegria escondem corações
entristecidos, desesperados.
A cidade pacata atrai oportunistas, quando a
tranquilidade torna a segurança frouxa, abaixa a guarda. E quem rouba, rouba
dos outros e de si mesmo ao mesmo tempo. Rouba o trabalho alheio e a luz da
própria alma.
Eu caminhava e então perdi o chão, eu navegava sem
ter direção, eu não sabia pra onde ia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário